Comida francesa: 15 pratos típicos para provar

Você já se perguntou por que a comida francesa é considerada uma das melhores do mundo? O que torna os pratos franceses tão especiais e irresistíveis? Prepare-se para uma jornada gastronômica que vai fazer você explorar os sabores da França!

Logo abaixo, vamos explorar o mundo da comida francesa e descobrir 15 pratos típicos que você precisa experimentar pelo menos uma vez na vida. Desde o sofisticado foie gras até o simples e delicioso croissant, vamos explorar uma variedade de sabores, texturas e aromas que fazem da culinária francesa uma das mais celebradas do planeta.

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A história da culinária francesa

A culinária francesa, reconhecida mundialmente por sua excelência e refinamento, tem uma história rica e fascinante.

  1. Origens medievais: A base da culinária francesa começou a se formar na Idade Média. Nessa época, as refeições eram simples e baseadas principalmente em cereais, vegetais e carnes. O uso de especiarias era comum, não só para dar sabor, mas também para conservar os alimentos.
  2. Renascença e influência italiana: No século XVI, com o casamento de Catarina de Médici com o futuro rei Henrique II da França, a culinária italiana exerceu forte influência na cozinha francesa. Novos ingredientes e técnicas foram introduzidos, como o uso de garfos e a apreciação por vegetais frescos.
  3. O nascimento da haute cuisine: No século XVII, durante o reinado de Luís XIV, a culinária francesa começou a se transformar no que conhecemos hoje como alta gastronomia. O chef François Pierre de La Varenne publicou “Le Cuisinier François” em 1651, um livro que revolucionou a forma de cozinhar, introduzindo técnicas como o uso de roux e a valorização dos sabores naturais dos ingredientes.
  4. A era dos grandes chefs: No século XIX, chefs como Marie-Antoine Carême e Auguste Escoffier codificaram e refinaram ainda mais a culinária francesa. Eles estabeleceram padrões para as técnicas de cozinha, apresentação dos pratos e organização das cozinhas profissionais que são usados até hoje em todo o mundo.
  5. Nouvelle Cuisine: Na década de 1960, surgiu um movimento chamado Nouvelle Cuisine, que buscava simplificar e aliviar os pratos tradicionais franceses. Este movimento enfatizava o uso de ingredientes frescos e de alta qualidade, com apresentações mais leves e elegantes na comida francesa.
  6. Culinária francesa moderna: Hoje, a comida francesa continua a evoluir, incorporando influências globais e técnicas modernas, mas sempre mantendo o respeito pelos ingredientes de qualidade e pelas técnicas tradicionais que a tornaram famosa.

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Lista dos 15 pratos típicos que você precisa provar

Foie Gras

O foie gras é um dos pratos mais luxuosos e controversos da culinária francesa. Trata-se do fígado de pato ou ganso que foi especialmente engordado. A história deste prato remonta aos antigos egípcios, que descobriram que as aves migratórias naturalmente acumulavam gordura no fígado antes de longas viagens.

Na França, a produção de foie gras começou no século XVIII, na região de Périgord. O método tradicional de produção, chamado de gavage, envolve a alimentação forçada das aves, o que gera debates éticos. Hoje, alguns produtores estão buscando métodos alternativos mais humanitários.

O foie gras é geralmente servido frio, em fatias finas, acompanhado de torradas ou brioche. Seu sabor é rico, cremoso e sutilmente adocicado, com uma textura que derrete na boca. É frequentemente paired com um vinho doce, como o Sauternes.

Apesar da controvérsia, o foie gras continua sendo uma iguaria muito apreciada na França, especialmente em ocasiões festivas como o Natal e o Ano Novo.

Boeuf Bourguignon – Comida francesa

Boeuf Bourguignon - Comida francesa

O Boeuf Bourguignon, ou Bife à Borgonhesa, é um clássico da culinária francesa que tem suas origens na região da Borgonha, famosa por seus vinhos tintos. Este prato rústico e reconfortante nasceu como uma receita camponesa, uma forma de aproveitar cortes de carne mais duros e baratos.

A história do Boeuf Bourguignon remonta ao século XIX, quando começou como um simples guisado de carne. Com o tempo, evoluiu para o prato sofisticado que conhecemos hoje, ganhando fama internacional graças à chef Julia Child, que o incluiu em seu livro “Mastering the Art of French Cooking” nos anos 1960.

O prato consiste em cubos de carne bovina cozidos lentamente em vinho tinto da Borgonha, com bacon, cogumelos, cebolas pequenas e ervas. O longo tempo de cozimento torna a carne incrivelmente macia, enquanto o vinho dá profundidade e riqueza ao molho.

O Boeuf Bourguignon é geralmente servido com batatas, macarrão ou pão, perfeitos para absorver o delicioso molho. É um prato ideal para os dias frios de inverno, representando o conforto e a tradição da cozinha francesa.

Ratatouille

A Ratatouille é um prato vegetariano colorido e saboroso que tem suas raízes na região da Provença, no sul da França. O nome “ratatouille” vem do occitano “ratatolha”, que significa “mistura grosseira”, refletindo suas origens humildes como um prato camponês.

Originalmente, a ratatouille era simplesmente uma mistura de vegetais cozidos juntos, uma forma de os agricultores aproveitarem o excesso de produção do verão. Com o tempo, evoluiu para um prato mais refinado, com os vegetais cuidadosamente dispostos em camadas.

Os ingredientes principais da ratatouille são berinjela, abobrinha, pimentão, tomate e cebola, todos cortados em rodelas finas e cozidos lentamente com azeite de oliva e ervas provençais. O resultado é um prato colorido, aromático e cheio de sabor.

A ratatouille ganhou fama mundial com o filme da Pixar de mesmo nome, lançado em 2007. Desde então, tornou-se um símbolo da culinária francesa, apreciado tanto por vegetarianos quanto por amantes de carne.

Este prato versátil pode ser servido quente como acompanhamento, frio como antepasto, ou mesmo como prato principal com um pedaço de pão crocante. É uma celebração dos sabores do verão mediterrâneo e da simplicidade da cozinha provençal.

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Coq au Vin – Comida francesa

O Coq au Vin, que significa literalmente “galo ao vinho”, é um prato clássico da culinária francesa que combina a rusticidade da cozinha camponesa com a sofisticação da haute cuisine. Suas origens remontam à região da Borgonha, famosa por seus vinhos tintos.

A lenda diz que este prato foi criado pelo rei Henrique IV da França, que prometeu que cada camponês francês teria uma “galinha na panela” todos os domingos. Na realidade, o Coq au Vin provavelmente surgiu como uma forma prática de aproveitar galos velhos e duros, cozinhando-os lentamente em vinho para amaciar a carne.

O prato tradicional é preparado com um galo (hoje em dia, frequentemente substituído por frango), cozido em vinho tinto da Borgonha com bacon, cogumelos, cebolas pequenas e ervas. O longo tempo de cozimento permite que a carne absorva os sabores ricos do vinho e dos outros ingredientes.

O Coq au Vin ganhou fama internacional na década de 1960, graças à chef americana Julia Child, que o apresentou ao público americano em seu programa de TV.

Este prato reconfortante é geralmente servido com batatas, macarrão ou pão para absorver o delicioso molho. É uma excelente escolha para os dias frios de inverno e representa perfeitamente a habilidade francesa de transformar ingredientes simples em uma refeição sofisticada e deliciosa.

Pombo à moda francesa

O pombo à moda francesa, ou “Pigeon à la Française”, é um prato que exemplifica a sofisticação e a ousadia da alta gastronomia francesa. Embora menos conhecido internacionalmente que alguns outros pratos franceses, é altamente apreciado pelos gourmets.

A tradição de comer pombo na França remonta à Idade Média, quando estas aves eram frequentemente criadas em pombais nas propriedades rurais. O pombo era considerado uma iguaria, muitas vezes reservada para a nobreza.

No preparo tradicional, o pombo é geralmente assado inteiro, mantendo a pele crocante enquanto a carne permanece suculenta e ligeiramente rosada no interior. É comum recheá-lo com ervas aromáticas como tomilho e alecrim para realçar o sabor.

O molho que acompanha o pombo é uma parte crucial do prato. Geralmente, é feito com o fundo das carcaças, vinho tinto e às vezes inclui frutas como cerejas ou amoras para equilibrar a riqueza da carne.

O pombo à moda francesa é frequentemente servido em restaurantes estrelados pelo Michelin e é considerado um prato para ocasiões especiais. É apreciado por seu sabor intenso e textura única, que difere significativamente das carnes de aves mais comuns.

Este prato representa a valorização francesa dos ingredientes de qualidade e das técnicas de cozinha precisas, demonstrando como até mesmo uma ave modesta pode ser transformada em uma iguaria sofisticada nas mãos de um chef habilidoso.

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Quiche Lorraine – Comida francesa

Quiche Lorraine

A Quiche Lorraine é um dos pratos mais emblemáticos da culinária francesa, com suas origens na região da Lorena, no nordeste da França. Este saboroso prato combina uma crosta crocante de massa folhada com um recheio cremoso de ovos, creme de leite, queijo e bacon.

A história da Quiche Lorraine remonta à Idade Média. O termo “quiche” vem da palavra alemã “kuchen”, que significa bolo, refletindo a influência germânica na região da Lorena. Originalmente, era um prato simples feito com massa de pão, ovos e creme.

Com o tempo, o bacon se tornou um ingrediente fundamental, adicionando um sabor defumado e salgado ao prato. O queijo, surpreendentemente, foi uma adição mais recente, tornando-se comum apenas no século XX.

Hoje, a Quiche Lorraine é apreciada em toda a França e ao redor do mundo. É versátil o suficiente para ser servida como café da manhã, almoço ou jantar, quente ou fria. Muitas variações surgiram ao longo dos anos, incorporando diferentes queijos, vegetais e até frutos do mar, mas a clássica Quiche Lorraine continua sendo uma favorita.

Este prato representa perfeitamente a habilidade francesa de transformar ingredientes simples em algo extraordinário, combinando texturas e sabores de maneira harmoniosa.

Confit de pato

O Confit de pato é uma especialidade da comida francesa da região de Gascogne, no sudoeste da França, e é considerado um dos pratos mais luxuosos da culinária francesa. A palavra “confit” vem do verbo francês “confire”, que significa preservar.

A técnica do confit foi desenvolvida como um método de conservação de alimentos antes da era da refrigeração. As pernas de pato são salgadas e então cozidas lentamente em sua própria gordura a baixa temperatura. Depois de cozidas, são armazenadas submersas na gordura, o que as preserva por meses.

O processo de preparo do confit de pato remonta ao século XV. Além de ser um método de conservação eficaz, descobriu-se que este processo resultava em uma carne incrivelmente macia e saborosa.

Quando servido, o confit de pato é geralmente aquecido até que a pele fique crocante, contrastando deliciosamente com a carne macia por dentro. É frequentemente acompanhado de batatas sarladaises (batatas cozidas na gordura de pato) e uma salada verde para equilibrar a riqueza do prato.

O confit de pato é um exemplo perfeito de como a necessidade (neste caso, a preservação de alimentos) pode levar à criação de pratos verdadeiramente deliciosos. Hoje, é apreciado como uma iguaria em todo o mundo, representando o ápice da tradição culinária do sudoeste da França.

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Crème brûlée – Comida francesa

Crème brûlée

A Crème brûlée, que significa “creme queimado” em francês, é uma sobremesa clássica que combina a suavidade de um creme de baunilha com o crocante de uma camada de açúcar caramelizado. Apesar de seu nome francês e sua associação com a culinária francesa, suas origens exatas são um pouco controversas.

Algumas fontes atribuem a criação da Crème brûlée aos cozinheiros do Trinity College, em Cambridge, Inglaterra, no século XVII. Outros afirmam que foi inventada no século XV na Espanha, onde era conhecida como “crema catalana”. No entanto, a versão francesa, que se tornou internacionalmente famosa, foi mencionada pela primeira vez em um livro de receitas de 1691 do chef François Massialot.

A preparação da Crème brûlée envolve a criação de um creme custard rico, geralmente aromatizado com baunilha. O creme é assado em banho-maria até ficar firme, mas ainda trêmulo. Antes de servir, uma camada de açúcar é polvilhada sobre o creme e caramelizada com um maçarico ou sob o grill, criando uma crosta crocante.

O contraste entre o creme suave e frio e a cobertura crocante e quente de açúcar caramelizado é o que torna esta sobremesa tão especial. A Crème brûlée se tornou um item indispensável em muitos restaurantes franceses e é amada por gourmets em todo o mundo.

Esta sobremesa elegante é um testemunho da simplicidade refinada da pastelaria francesa, transformando ingredientes básicos em algo verdadeiramente extraordinário.

Tarte Tatin

A Tarte Tatin é uma torta de maçã invertida que se tornou um clássico da pastelaria francesa. Sua criação foi, na verdade, um feliz acidente culinário que ocorreu no final do século XIX.

A história conta que a sobremesa foi criada no hotel Tatin, administrado pelas irmãs Stéphanie e Caroline Tatin, na pequena cidade de Lamotte-Beuvron, na região do Loire. Um dia, durante uma temporada de caça muito movimentada, Stéphanie Tatin estava preparando uma torta de maçã tradicional. Sobrecarregada de trabalho, ela acidentalmente deixou as maçãs caramelizando no açúcar e manteiga por muito tempo.

Percebendo seu erro, mas sem tempo para recomeçar, Stéphanie tentou salvar a situação colocando a massa da torta por cima das maçãs caramelizadas e levando tudo ao forno. Depois de assada, ela virou a torta de cabeça para baixo, e para sua surpresa, os clientes adoraram!

A Tarte Tatin é feita caramelizando maçãs (tradicionalmente da variedade Reine des Reinettes) em manteiga e açúcar, cobrindo-as com massa folhada e assando. Depois de assada, a torta é invertida, revelando as maçãs caramelizadas por cima.

O sucesso da Tarte Tatin foi tal que a receita se espalhou para além do pequeno hotel, tornando-se um clássico da culinária francesa. Hoje, é apreciada em todo o mundo e inspirou muitas variações, usando peras, tomates e outros ingredientes no lugar das maçãs.

A Tarte Tatin é um exemplo perfeito de como, na culinária, às vezes os erros podem levar a deliciosas descobertas!

Macaron – Comida francesa

O macaron é uma das sobremesas francesas mais icônicas e adoradas em todo o mundo. Este pequeno biscoito colorido, feito de amêndoas, tem uma textura única – crocante por fora e macio por dentro – e é recheado com uma variedade de cremes e ganaches.

A história do macaron remonta ao século VIII na Itália, onde eram conhecidos como “maccherone”. Acredita-se que foram introduzidos na França por Catarina de Médici no século XVI, quando ela se casou com o rei Henrique II. No entanto, o macaron que conhecemos hoje foi criado no início do século XX.

Foi Pierre Desfontaines, da famosa confeitaria parisiense Ladurée, quem teve a ideia de juntar dois biscoitos de macaron com um recheio cremoso no meio. Esta inovação transformou o macaron em um símbolo da pastelaria francesa refinada.

Os macarons são feitos com farinha de amêndoa, clara de ovo e açúcar, resultando em uma casca delicada e brilhante. O processo de fazer macarons é notoriamente difícil, exigindo precisão na mistura e no tempo de cozimento.

Hoje, os macarons vêm em uma infinidade de sabores, desde os clássicos como chocolate e baunilha até combinações mais exóticas como lavanda-mel ou flor de laranjeira. Eles são não apenas uma delícia para o paladar, mas também um prazer visual, com suas cores vibrantes e forma perfeita.

O macaron se tornou um embaixador da sofisticação francesa, sendo apreciado em todo o mundo como uma pequena obra de arte comestível.

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Cassoulet

Cassoulet

O cassoulet é um prato reconfortante e hearty originário da região de Languedoc, no sudoeste da França. É um cozido rico feito com feijão branco e várias carnes, cozido lentamente até atingir uma consistência cremosa e deliciosa.

A história do cassoulet remonta ao século XIV, durante a Guerra dos Cem Anos. Segundo a lenda, os habitantes da cidade de Castelnaudary, sitiados pelos ingleses, reuniram todos os alimentos disponíveis – feijões, carne de porco, salsichas – e criaram um prato substancial para alimentar os soldados. Nasceu assim o cassoulet.

O nome “cassoulet” vem da palavra occitana “cassola”, que se refere ao recipiente de barro tradicional em que o prato é cozido. Cada região tem sua própria versão: o cassoulet de Toulouse inclui salsichas, o de Carcassonne é feito com cordeiro, e o de Castelnaudary, considerado o original, é preparado com confit de pato.

A preparação do cassoulet é um processo longo e cuidadoso. Os feijões são cozidos lentamente com as carnes, absorvendo todos os sabores. Uma crosta dourada se forma na superfície durante o cozimento, que é quebrada e misturada várias vezes, adicionando textura e sabor ao prato.

O cassoulet é mais do que apenas uma refeição; é uma instituição cultural no sudoeste da França. Existem confrarias dedicadas a preservar a autenticidade do prato e competições anuais para determinar o melhor cassoulet.

Este prato rústico e satisfatório é um testemunho da capacidade da culinária francesa de transformar ingredientes simples em algo extraordinário, e continua a aquecer corações e estômagos em todo o mundo.

Soufflé de chocolate – Comida francesa

O soufflé de chocolate é um dos pratos mais teatrais e delicados da culinária francesa. Este prato leve e aerado, que se ergue majestosamente acima da forma em que é assado, é tão impressionante visualmente quanto é delicioso.

A palavra “soufflé” vem do verbo francês “souffler”, que significa “soprar” ou “inflar”, uma referência à sua textura leve e aerada. Embora os soufflés salgados existissem desde o início do século XVIII, foi o chef Marie-Antoine Carême, um dos fundadores da haute cuisine francesa, quem aperfeiçoou a técnica e popularizou os soufflés doces no início do século XIX.

O soufflé de chocolate é feito com uma base de creme de chocolate (chamada de “crème pâtissière”) misturada com claras de ovo batidas em neve. É esta combinação que dá ao soufflé sua textura característica – cremoso por dentro e leve por fora. O processo de cozimento é crucial: o soufflé deve ser servido imediatamente após sair do forno, antes que comece a murchar.

A delicadeza do soufflé de chocolate o tornou um símbolo da sofisticação culinária francesa. É um prato que requer habilidade e timing perfeito para ser executado com sucesso, o que adiciona um elemento de drama à experiência de degustação.

Apesar de sua reputação de ser difícil de preparar, o soufflé de chocolate continua sendo um favorito em restaurantes franceses em todo o mundo. Sua combinação de textura leve e sabor rico de chocolate o torna uma sobremesa verdadeiramente especial, capaz de impressionar até mesmo os gourmets mais exigentes.

Flamiche

A flamiche é uma torta salgada tradicional do norte da França, particularmente associada à região da Picardia. Embora menos conhecida internacionalmente que sua prima, a quiche, a flamiche é igualmente deliciosa e representa bem a culinária regional francesa.

O nome “flamiche” vem do flamengo “vlaamse”, que significa “flamengo” ou “da Flandres”, refletindo a proximidade cultural e geográfica com a Bélgica. A receita tradicional data do século XIV e foi passada de geração em geração.

A flamiche clássica é feita com uma massa folhada ou quebrada, recheada com uma mistura cremosa de alho-poró e creme fresco. Às vezes, queijo é adicionado ao recheio, frequentemente o Maroilles, um queijo forte típico do norte da França. Diferentemente da quiche, a flamiche geralmente não leva ovos em seu recheio.

O preparo da flamiche envolve refogar o alho-poró em manteiga até ficar macio e depois misturá-lo com creme fresco e queijo. Esta mistura é então colocada sobre a massa e assada até que fique dourada e borbulhante.

A flamiche é um excelente exemplo da culinária francesa regional, que faz uso dos ingredientes locais disponíveis. O alho-poró, que cresce abundantemente na região, é o protagonista deste prato.

Embora seja menos conhecida que outros pratos franceses, a flamiche é uma delícia que vale a pena experimentar. Seu sabor rico e reconfortante a torna perfeita para os dias frios de inverno, acompanhada de uma salada verde e, claro, um bom vinho francês.

Soupe à l’oignon – Comida francesa

Soupe à l'oignon - Pratos franceses

A soupe à l’oignon, ou sopa de cebola francesa, é um dos pratos mais reconfortantes e amados da culinária francesa. Esta sopa rica e saborosa tem uma história que remonta há séculos e continua a ser um favorito tanto na França quanto internacionalmente.

As origens da sopa de cebola datam da Roma antiga, mas a versão francesa que conhecemos hoje se desenvolveu no século XVII em Paris. Inicialmente, era considerada um “alimento dos pobres” devido à abundância e baixo custo das cebolas. No entanto, sua popularidade cresceu rapidamente entre todas as classes sociais.

A preparação tradicional da soupe à l’oignon envolve caramelizar lentamente as cebolas em manteiga, o que lhes confere um sabor doce e rico. Em seguida, adiciona-se caldo de carne e vinho, e a sopa é cozida até que os sabores se fundam perfeitamente. O toque final é uma fatia de pão torrado coberta com queijo gruyère derretido, que flutua sobre a sopa.

A sopa ganhou fama internacional no século XX, particularmente após a Segunda Guerra Mundial, quando se tornou popular nos Estados Unidos. Era tradicionalmente servida nos mercados noturnos de Paris aos trabalhadores do turno da noite e àqueles que saíam tarde dos bares, devido às suas supostas propriedades de “curar” ressacas.

A soupe à l’oignon é mais do que apenas uma refeição; é um símbolo do conforto culinário francês. Seu aroma irresistível, o sabor profundo das cebolas caramelizadas e o queijo gratinado por cima fazem dela um prato perfeito para os dias frios de inverno.

Hoje, você pode encontrar variações da sopa de cebola em todo o mundo, mas a versão francesa original continua sendo um testemunho da habilidade da culinária francesa em transformar ingredientes simples em algo verdadeiramente especial.

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Croissant – Comida francesa

O croissant, com sua forma de meia-lua característica e suas camadas folhadas e amanteigadas, é talvez o item de padaria francês mais reconhecido internacionalmente. Surpreendentemente, apesar de ser um símbolo da culinária francesa, suas origens não são totalmente francesas.

A história do croissant remonta a Viena, na Áustria, no século XVII. Segundo a lenda, foi criado para celebrar a vitória dos cristãos sobre os otomanos no cerco de Viena em 1683. A forma de meia-lua do croissant supostamente imitava o símbolo islâmico na bandeira otomana, e comer o croissant era uma forma simbólica de “devorar” o inimigo.

O croissant chegou à França no século XIX, trazido por August Zang, um oficial do exército austríaco que abriu uma padaria vienense em Paris. Marie-Antoinette, que era austríaca, também é frequentemente creditada por popularizar o croissant na corte francesa.

O croissant francês, no entanto, evoluiu significativamente de sua contraparte austríaca. Os padeiros franceses aperfeiçoaram a técnica de folhado, criando um croissant mais leve e com mais camadas. A versão francesa também usa manteiga em vez de banha, resultando em um sabor mais rico.

A preparação do croissant é uma arte em si. A massa é laminada com manteiga várias vezes, criando múltiplas camadas finas. Quando assado, o croissant se expande, criando uma textura crocante por fora e macia por dentro.

Hoje, o croissant é um item básico nas padarias francesas e é apreciado em todo o mundo. Pode ser servido simples, com manteiga e geleia, ou recheado com chocolate ou amêndoas. Também existem versões salgadas.

O croissant transcendeu suas origens para se tornar um verdadeiro ícone da culinária francesa, simbolizando a excelência da panificação francesa e o prazer de um café da manhã bem feito.

Conclusão sobre a comida francesa

Nossa jornada pela culinária francesa nos levou por uma incrível variedade de sabores, texturas e experiências gastronômicas. Dos pratos rústicos e reconfortantes como o Cassoulet e a Soupe à l’oignon, às iguarias sofisticadas como o Foie Gras e o Soufflé de chocolate, cada prato conta uma história única sobre a rica herança culinária da França.

A comida francesa não é apenas sobre alimentação; é uma celebração da vida, da cultura e da arte de viver bem. Cada prato que exploramos reflete não apenas os ingredientes e técnicas utilizados, mas também a história, as tradições e as regiões de onde se originaram.

Então, da próxima vez que você saborear um croissant no café da manhã, degustar um Boeuf Bourguignon no jantar, ou se deliciar com um macaron de sobremesa, saiba que você está participando de uma tradição culinária que tem encantado paladares por séculos. Bon appétit e aproveite a comida francesa!

By Augusto Malavazi

Augusto Malavazi é especialista em marketing digital, com mais de 10 anos de atuação no mercado. É também um nômade digital, que mora atualmente na Itália.